Dica do Instrutor
Trauma Torácico: Diagnóstico e Tratamento
29 de setembro de 2020

Trauma torácico é qualquer lesão física que ocorre no peito (incluindo costelas, coração e  pulmões) podendo levar à morte. Ele é responsável por 25% de todas as lesões traumáticas.

O problema pode ser causado por traumas contusos, como acidentes de carro, quedas e impactos em geral, lesões penetrantes (por arma de fogo ou arma branca) ou pela união de vários fatores, por exemplo, acidente automobilístico com contusão e lesão penetrante associadas.

Neste post, vamos apresentar o que é e como tratar um trauma em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). 

Este é um assunto de seu interesse? Continue lendo!

trauma torácico

O que é o trauma torácico, como é feito seu diagnóstico e como tratar em UTI

Como dito anteriormente, os traumas torácicos são lesões no peito que podem ser resultantes de traumas fechados ou penetrantes. 

As lesões torácicas mais comuns são:

O agravamento se dá quando as lesões prejudicam a respiração, circulação ou ambas.

A respiração pode ser comprometida tanto por lesão direta nos pulmões (contusão pulmonar e ruptura traqueobrônquica) ou nas vias respiratórias (hemotórax, pneumotórax e tórax instável), quanto por mecanismos alterados da respiração.

A circulação, por sua vez,pode ser prejudicada por:

  • Sangramentos que levam ao choque;
  • Diminuição do retorno venoso, prejudicando o enchimento cardíaco e causando hipotensão;
  • Lesão cardíaca direta, que pode resultar em insuficiência cardíaca e/ou distúrbios de condução.

O trauma pode gerar lesões sobrepostas umas às outras, além de lesões em outras regiões, como, por exemplo, no abdômen.

Por este motivo, o atendimento à vítima de trauma deve seguir regras e orientações de maneira que o diagnóstico seja rápido e ordenado, com tratamento igualmente apropriado.

Quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico do trauma torácico

Os sintomas principais são a dor, que geralmente piora com a respiração e, às vezes, falta de ar.

Também é comum o paciente sentir dor à palpação do tórax, além de equimoses e desconforto respiratório.

Para o diagnóstico correto, é importante:

  • Fazer avaliação clínica (observar a profundidade e a simetria da excursão da parede torácica, auscultar os pulmões, inspecionar e palpar toda a parede do tórax e da região cervical);
  • Se necessário, fazer radiografia de tórax e exames de imagem como ultrassons e tomografias.

Os pacientes com sintomas de obstrução parcial ou completa das vias respiratórias, após sofrer um trauma fechado, devem ser imediatamente intubados para controlar a respiração.

O atendimento a uma vítima de trauma torácico deve cumprir todos os passos do atendimento ao politraumatizado, propostos pelo ATLS do Colégio Americano de Cirurgiões. Isso garante diagnóstico rápido e um ganho de tempo fundamental.

O ATLS categoriza a avaliação do trauma em duas abordagens: primária, que é baseada no exame clínico para identificar e corrigir lesões de risco imediato e a secundária, feita quando há tempo para fazer exames complementares.

É importante ressaltar que, no trauma torácico, todos os sinais e sintomas dependem do grau da lesão. Por exemplo, um pneumotórax pequeno é menos sintomático que um maior.

Como tratar em UTI

O tratamento depende do tipo de lesão que o paciente apresenta. Os mais comuns são:

  • Drenagem torácica, em caso de pneumotórax;
  • Assistência ventilatória;
  • Punção descompressiva;
  • Analgesia;
  • Fisioterapia respiratória;
  • Intubação, em caso de insuficiência respiratória;
  • Toracotomia, quando há ferimento penetrante;
  • Tratamentos cirúrgicos.

Sabendo dos riscos de um trauma torácico, a equipe médica precisa estar preparada para receber o paciente e iniciar, quanto antes, os procedimentos necessários para salvá-lo.

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