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Representantes da Somiti integram evento da AHA
4 de junho de 2019



Representantes da equipe de coordenadores e instrutores da Sociedade Mineira de Terapia Intensiva (Somiti) participaram, dia 25 de maio, no hotel Panamericano em Buenos Aires, da Conferência Regional de Atencion Cardiovascular de Emergência. O evento teve a chancela da American Heart Association (AHA).

Na prática, a AHA reuniu seus principais Centros de Treinamento da America Latina. A maior comitiva foi a brasileira, segundo o cardiologista, coordenador e instrutor de cursos da Somiti Lucas Lima de Carvalho, que representou a Sociedade mineira ao lado dos enfermeiros, coordenadores do departamento de Enfermagem Somiti e Amib Vitório Guedes e Thaís Oliveira e do intensivista, anestesiologista e coordenador do curso Fundamental Critical Care Support (FCCS) da Somiti, Leandro Carvalho.

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Os participantes discutiram sobre os últimos estudos publicados sobre o atendimento de emergências e novas perspectivas de  treinamento dos alunos. Thaís Oliveira acrescentou que foram discutidas atualizações na ciência da ressuscitação e divulgadas as estratégias de ensino da reanimação e implentação local, por meio de times de resposta rápida e sistemas telefônicos, para atendimento da parada cardiorrespiratória. Para a enfermeira, “participar do evento nos estimula a produzir pesquisas científicas na área de reanimação, de maneira colaborativa, com colegas instrutores de outros centros de treinamento da America Latina.”

Conforme relatou Carvalho, o primeiro ciclo de palestras contou com a apresentação do emergencista Jane Wigginton. O conteúdo mostrado por Wigginton trouxe os resultados mais recentes publicados sobre ressuscitação cardiopulmonar no adulto. Carvalho destaca como principais tópicos: “uso da adrenalina comparado com o placebo durante a RCP: melhora taxa de sobrevivência, mas piora o desfecho neurológico; uso de dispositivos de compressão mecânica: resultados piores em relação ao método de compressão manual; uso de antiarritmicos durante o atendimento não reduziu a taxa de novas PCRs e ventilação durante as compressões ainda é questionável, já que os resultados não são consistentes.”

No atendimento da parada cardiorrespiratória em pediatria, o especialista Blair Bigham elucidou sobre as novas estratégias e recomendações fazendo uma detalhada revisão e uma análise dos principais tópicos sobre o assunto. Também contribuíram os médicos Maria Jose Galleguillos e Peter Fromm. “Levantaram a discussão sobre as melhores técnicas de ensino aplicadas durante os cursos. Vários estudos foram publicados recentemente sobre técnicas de debriefing aplicadas, sua eficácia e o que pode e precisa ser modificado durante o processo de ensino. Essa discussão ainda englobou a performance e as demandas do funcionamento dos sistemas de saúde. Como podemos discutir o tema durante as aulas e quais são as estratégias para melhora do sistema?”

Outro tema de relevância, para o cardiologista, foi o apresentado pelo instrutor da AHA, na Argentina, Fabian Gelpi. Ele encerrou a conferência com uma palestra sobre o T-CPR, como os serviços de emergência podem orientar o leigo pelo telefone sobre a identificação de emergência, diagnóstico de PCR e conduta até a chegada do serviço de ambulância. “Esse novo programa do AHA tem como objetivo o rápido início do atendimento, priorizando a alta performance do socorrista leigo” afirmou.

Para ele, a conferência foi muito produtiva, com discussões ricas e abrangentes sobre o ensino nos cursos e o funcionamento ‘ideal’ dos serviços de emergência. “Agora é colocar em prática tais conceitos, adaptados para a realidade brasileira, no intuito de melhorar a baixa taxa de sobrevivência frente a uma PCR”, concluiu.

AHA destaca participação dos brasileiros

A diretora Regional dos Programas de Atendimento Cardiovascular de Emergência da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal da AHA, Wanda Miranda,   conta que “o chamado reuniu muitos assistentes da maioria dos países latino-americanos. Os participantes relataram a satisfação com as conferências e destacaram a oportunidade de compartilhar, socialmente, com profissionais que também se dedicam à divulgação dos programas de treinamento da AHA em seus respectivos países.”

Ela também ressaltou a presença dos brasileiros. “Sempre muito entusiasmados apoiando as atividades da AHA.” Além da equipe da Somiti participaram os instrutores brasileiros da Sociedade de Cardiologia de São Paulo, Sociedade Brasileira de Pediatria e hospitais Isrealita e Albert Einstein.

Leandro Carvalho, acrescentou que parte dos trabalhos apresentados deve compor as novas diretrizes de ressuscitação da AHA/ ILCOR, previstas para publicação em 2020, e depois incorporados aos cursos da AHA. “As novas informações e conhecimentos aprendidos na Conferência serão replicados para os demais instrutores da equipe em reunião prevista para o final de junho de 2019.”

 

Enfermeiro Vitório Guedes, Wanda Miranda diretora da AHA, cardiologista Lucas Carvalho, enferneira Thaís Oliveira e o intensivista Leandro Carvalho
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