Acaba de completar 20 anos o Protocolo de Manchester, metodologia que permite a triagem no pronto-socorro do hospital, por meio da identificação de cores. O paciente receba uma pulseira colorida que garante o atendimento adequado no tempo certo para o seu quadro de saúde. A medida é responsável por reduz de 2% a 5 % o número de óbitos, após um ano de implantação.
No Brasil, o primeiro estado a adotar o sistema foi Minas Gerais, em 2007, através do Grupo Brasileiro de Classificação de Risco, coordenado pelo intensivista Welfane Cordeiro. Ele é o único representante legal do Manchester Triage Group e do Grupo Português de Triagem no país. Já implantou o Protocolo em hospitais de ponta como Albert Einstein, Sírio Libanês, Madre Teresa, Aliança de Salvador e na rede própria da Unimed-BH. Segundo Cordeiro, a implementação do Sistema Manchester de Classificação de Risco é uma decisão institucional e para garantia da qualidade e segurança do paciente e da instituição, além da reprodutibilidade do Sistema deve haver um programa de capacitação, acompanhamento contínuo dos profissionais e a realização de auditorias individuais e departamentais, internas e externas. “A implementação inicia com uma palestra sobre Gestão no Serviço de Urgência a partir da Classificação de Risco, onde é abordado o Sistema Manchester, qual sua finalidade e aplicabilidade, como se deve proceder para aplicá-lo, qual o impacto do uso do mesmo na instituição e os passos para continuidade do processo. No momento subsequente é realizado o curso de classificador, com a finalidade de certificar os médicos e enfermeiros da instituição”, explica.
Os profissionais aptos a aplicarem a metodologia do Sistema Manchester de Classificação de Risco são médicos e enfermeiros certificados como classificadores pelo Grupo Brasileiro de Classificação de Risco. A certificação de médicos e/ou enfermeiros como classificadores pode ser dar tanto na modalidade de curso presencial como na modalidade de ensino à distância.