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Profissionais acompanham módulo sobre insuficiência respiratória aguda
15 de maio de 2019

No dia sete de maio, a fisioterapeuta Flavia Cardoso Schaper Magalhães, do Hospital Vila da Serra, ministrou o módulo ‘Insuficiência Respiratória Aguda’, aos alunos do Curso para Residentes e Especializandos em Medicina Intensiva (Cremi). A aula ocorreu no Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG). Especialista em Terapia Intensiva, ela atua na área há 18 anos.

A fisioterapeuta iniciou o módulo destacando que a insuficiência respiratória é uma das principais causas de admissão em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e na terapia intensiva. “Ela é multicausal. O atendimento ao paciente com insuficiência respiratória precisa ser multidisciplinar, seja na admissão, com a equipe de enfermagem, assim como por parte de profissionais das áreas de psicologia, fisioterapia (responsáveis pelo manejo de oxigenoterapia ou ventilação mecânica) e pela equipe médica, responsável pela condução de todo o caso do paciente”, diz.

Abaixo, confira mais nove fatos sobre a insuficiência respiratória aguda que foram apresentados durante o módulo:

Sistema respiratório. Complexo, o funcionamento do sistema respiratório depende do sistema nervoso central, dos músculos, da caixa torácica, das vias aéreas e do sistema cardiovascular. Engloba quatro fases: ventilação, difusão, transporte e regulação da respiração. O comprometimento de uma destas quatro etapas é capaz de provocar a insuficiência respiratória.

Definição. A insuficiência respiratória aguda é definida como uma incapacidade do sistema respiratório em manter uma troca gasosa adequada com o ambiente, tanto no que se refere a um inadequado fornecimento de oxigênio aos tecidos quanto a uma inadequada eliminação de gás carbônico pelos pulmões.

Possui causas pulmonares. Asma, DPOC, doenças intersticiais, pneumonia, atelectasia, aspiração pulmonar, SARA e contusão pulmonar são responsáveis pela insuficiência respiratória, assim como a embolia pulmonar e edema agudo de pulmão.

Possui causas extrapulmonares. São elas: doenças do sistema nervoso central (AVC, intoxicação exógena, depressão anestésica, hipoventilação central); doenças neuromusculares (Guillain-Barré, miastenia gravis, tétano, lesões espinhais, poliomielite); situações nas quais a parede torácica e/ou o diafragma são afetados (trauma torácico, pneumotórax, derrame pleural, cirurgia de tórax e abdome superior) e males que afetam as vias aéreas superiores (epiglotite, edema de glote, apneia do sono, estenose de traqueia, aspiração de corpo estranho).

Quadro clínico. Dispneia, taquipneia, cianose (sinal tardio), uso de musculatura acessória, respiração paradoxal, alterações do estado de consciência e confusão mental, arritmias cardíacas, cefaleia, tremor, sudorese e vasodilatação cutânea, desorientação, narcose e coma são sintomas da insuficiência respiratória.

Tratamentos. Em ventilação mecânica, há três possibilidades de tratamentos considerando o suporte ventilatório: oxigenoterapia, ventilação mecânica não-invasiva e ventilação mecânica invasiva.

Definição de ventilação mecânica. Método de suporte para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada, é um instrumento utilizado no resgate e na manutenção do paciente com insuficiência cardiorrespiratória. Tem como principal objetivo promover adequada troca gasosa sem causar prejuízos ao paciente.

Objetivos da Ventilação Mecânica. Reversão da hipoxemia e da acidose respiratória; alívio do desconforto respiratório; descanso muscular; diminuição da PIC; proteção de vias aéreas e impedimento da progressão da lesão pulmonar.

Infecções. Via de regra, a equipe multidisciplinar deve lavar bem as mãos e mantê-las higienizadas com o objetivo de evitar infecções hospitalares. Em relação aos pacientes que fazem uso de suporte ventilatório invasivo, a principal preocupação é o fato de eles terem mais chances de sofrerem com infecções respiratórias, tornando a higienização das mãos dos profissionais ainda mais necessária.

 

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 Local: AMMG – Associação Médica de Minas Gerais

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