A pré-eclâmpsia é uma síndrome hipertensiva caracterizada pelo aumento da pressão arterial. Ela ocorre após a 20ª semana de gestação em mulheres previamente normotensas. Seu desenvolvimento é rápido e imprevisível.
Considerada uma complicação de alto risco, a pré-eclâmpsia precisa ser observada com cuidado durante a gravidez. A doença não é comum, mas afeta de 8 a 10% das gestações no mundo, levando a óbito quase 76 mil mães e 500 mil bebês anualmente.
A pré-eclâmpsia é diferente da eclâmpsia, embora ambas podem ser facilmente confundidas. A eclâmpsia, na verdade, é uma doença mais grave que a pré-eclâmpsia e envolve convulsões ligadas à pressão alta. Essa condição geralmente faz a mulher dar à luz imediatamente, ainda que o bebê não esteja completamente formado.
Como ocorre
Os quadros de pré-eclâmpsia vão de moderado a grave. O primeiro significa que os sintomas não são tão fortes e que podem até passar despercebidos pela gestante. De todo modo, a mulher precisa de acompanhamento médico.
Já o quadro grave é identificado quando a pressão estiver muito alta e, assim, a gestante necessita de internação. Os casos raros e extremos dessa situação provavelmente desencadearão em um parto induzido.
A doença também pode ser desenvolvida após o parto. A pré-eclâmpsia pós-parto pode surgir no período de 48 horas depois do parto ou nas seis semanas posteriores.
Sintomas da pré-eclâmpsia
Estes são os sintomas da pré-eclâmpsia:
- Dor na parte superior do abdômen ou no ombro;
- Dor de cabeça persistente;
- Inchaço repentino do rosto e das mãos;
- Náusea e vômito (na segunda metade da gravidez);
- Ver pontinhos ou ter outras alterações na visão;
- Ganho de peso repentino;
- Diminuição do volume de urina;
- Dificuldade para respirar.
Se apresentar algum desses sintomas durante ou após a gravidez, vá imediatamente ao pronto-atendimento ou procure o seu médico. Cabe frisar que os sintomas mais graves são: severas dores de cabeça, dores no abdômen, visão muito embaçada, ou falta de ar grave.
Fatores de risco
Os fatores de risco que podem levar à pré-eclâmpsia são:
- Hipertensão arterial sistêmica crônica;
- Diabetes;
- Primeira gestação;
- Obesidade;
- Lúpus;
- Gestação gemelar;
- Gravidez depois dos 35 anos e antes dos 18 anos;
- Histórico familiar ou pessoal das doenças supracitadas;
Sequelas
As mulheres que tiverem complicações com a pré-eclâmpsia podem desenvolver, a curto prazo, síndrome de HELLP, eclâmpsia e descolamento da placenta. Já a longo prazo, a paciente tem maior risco de ataque cardíaco, AVC, doença cardiovascular, doença renal e pressão alta. Além disso, ela estará propensa a ter pré-eclâmpsia na próxima gravidez.
Como tratar
O acompanhamento pré-natal criterioso é a maneira eficaz de controlar a pré-eclâmpsia e, assim, impedir que a doença progrida para a eclâmpsia.
O tratamento indicado para pacientes com a enfermidade moderada é diferente da gestante com pré-eclâmpsia grave. Repouso, medição da pressão arterial e dieta com pouco sal são recomendáveis para mulheres com quadro leve de pré-eclâmpsia. Nos casos graves são indicados medicamentos anti-hipertensivos e anticonvulsivantes.
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