Pré-eclâmpsia
O que é pré-eclâmpsia e como ela pode afetar a gravidez
25 de novembro de 2019

A pré-eclâmpsia é uma síndrome hipertensiva caracterizada pelo aumento da pressão arterial. Ela ocorre após a 20ª semana de gestação em mulheres previamente normotensas. Seu desenvolvimento é rápido e imprevisível.

Considerada uma complicação de alto risco, a pré-eclâmpsia precisa ser observada com cuidado durante a gravidez. A doença não é comum, mas afeta de 8 a 10% das gestações no mundo, levando a óbito quase 76 mil mães e 500 mil bebês anualmente.

A pré-eclâmpsia é diferente da eclâmpsia, embora ambas podem ser facilmente confundidas. A eclâmpsia, na verdade, é uma doença mais grave que a pré-eclâmpsia e envolve convulsões ligadas à pressão alta. Essa condição geralmente faz a mulher dar à luz imediatamente, ainda que o bebê não esteja completamente formado.

Somiti
Gravidez de risco

Como ocorre

Os quadros de pré-eclâmpsia vão de moderado a grave. O primeiro significa que os sintomas não são tão fortes e que podem até passar despercebidos pela gestante. De todo modo, a mulher precisa de acompanhamento médico.

Já o quadro grave é identificado quando a pressão estiver muito alta e, assim, a gestante necessita de internação. Os casos raros e extremos dessa situação provavelmente desencadearão em um parto induzido.

A doença também pode ser desenvolvida após o parto. A pré-eclâmpsia pós-parto pode surgir no período de 48 horas depois do parto ou nas seis semanas posteriores.

Sintomas da pré-eclâmpsia

Estes são os sintomas da pré-eclâmpsia:

  • Dor na parte superior do abdômen ou no ombro;
  • Dor de cabeça persistente;
  • Inchaço repentino do rosto e das mãos;
  • Náusea e vômito (na segunda metade da gravidez);
  • Ver pontinhos ou ter outras alterações na visão;
  • Ganho de peso repentino;
  • Diminuição do volume de urina;
  • Dificuldade para respirar.

Se apresentar algum desses sintomas durante ou após a gravidez, vá imediatamente ao pronto-atendimento ou procure o seu médico. Cabe frisar que os sintomas mais graves são: severas dores de cabeça, dores no abdômen, visão muito embaçada, ou falta de ar grave.

Fatores de risco

Os fatores de risco que podem levar à pré-eclâmpsia são:

  • Hipertensão arterial sistêmica crônica;
  • Diabetes;
  • Primeira gestação;
  • Obesidade;
  • Lúpus;
  • Gestação gemelar;
  • Gravidez depois dos 35 anos e antes dos 18 anos;
  • Histórico familiar ou pessoal das doenças supracitadas;

Sequelas

As mulheres que tiverem complicações com a pré-eclâmpsia podem desenvolver, a curto prazo, síndrome de HELLP, eclâmpsia e descolamento da placenta. Já a longo prazo, a paciente tem maior risco de ataque cardíaco, AVC, doença cardiovascular, doença renal e pressão alta. Além disso, ela estará propensa a ter pré-eclâmpsia na próxima gravidez.

Como tratar

O acompanhamento pré-natal criterioso é a maneira eficaz de controlar a pré-eclâmpsia e, assim, impedir que a doença progrida para a eclâmpsia.

O tratamento indicado para pacientes com a enfermidade moderada é diferente da gestante com pré-eclâmpsia grave. Repouso, medição da pressão arterial e dieta com pouco sal são recomendáveis para mulheres com quadro leve de pré-eclâmpsia. Nos casos graves são indicados medicamentos anti-hipertensivos e anticonvulsivantes.

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