Pronto para mais um quiz Somiti? Hoje vamos falar sobre pressão expiratória final positiva (PEEP).
Para explicar sobre pressão expiratória final positiva (PEEP), convidamos João Vitor Duarte.
Ele é fisioterapeuta da unidade de terapia intensiva adulto do Hospital Vila da Serra e instrutor do curso PVMA.
O quiz é oportunidade de testar seus conhecimentos sobre temas importantes do dia a dia do atendimento na urgência, emergência, pré-hospitalar e terapia intensiva.
Vamos lá?
Questão
Alguns pacientes com Traumatismo Crânio Encefálico (TCE) grave e em ventilação mecânica podem evoluir com sinais evidentes de hipoxemia refratária à oxigenação suplementar. Nesses casos, o uso da pressão expiratória final positiva (PEEP) pode ser indicada e seu uso pode resultar em:
Melhora da oxigenação e diminuição do shunt pulmonar
A) Desenvolvimento de lesão pulmonar relacionada ao agravamento do quadro neurológico
B) Aumento do retorno venoso cerebral e aumento da saturação venosa jugular de oxigênio (SvjO2)
C) Melhora da oxigenação e diminuição do shunt pulmonar
D) Diminuição da pressão intracraniana (PIC)
E) Diminuição da pressão arterial media (PAM) e pressão de perfusão cerebral (PPC)
Comentário – PEEP
Em pacientes sob ventilação mecânica invasiva, o esvaziamento dos pulmões geralmente se dá contra uma pressão positiva expiratória final (PEEP), que tem como funções básicas: a expansão alveolar, a melhora da troca gasosa e a melhora da oxigenação. Esses efeitos benéficos são claros e dependentes do nível de PEEP adequado a cada patologia.
O uso exagerado de valores de PEEP pode levar a efeitos prejudiciais, como diminuição do retorno venoso e débito cardíaco, hipotensão, aumento da pressão intracraniana, hipertensão pulmonar e aumento da resistência vascular pulmonar, com consequente colapso de capilares.
A PEEP mínima que se deve existir na via aérea de um paciente adulto é o valor de PEEP fisiológica que é 5 cmH2O. Esse nível impedirá o colabamento alveolar em pacientes entubados, onde o fechamento glótico é eliminado zerando a PEEP fisiológica.
Em algumas condições específicas, a PEEP, além de melhorar a expansibilidade pulmonar e as trocas gasosas, mostra ainda mais benefícios. No paciente portador de DPOC, por exemplo, atua reduzindo o trabalho ventilatório imposto pela hiperinsuflação.
Asma, SDRA, edema agudo pulmonar cardiogênico e pós-operatório de cirurgia cardíaca também são condições que se beneficiam de maneira específica do uso da PEEP.
Resposta certa
C) Melhora da oxigenação e diminuição do shunt pulmonar
Continue testando seus conhecimentos com os nossos quizzes.
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