Parada cardiorrespiratória (PCR) é a interrupção inesperada e abrupta do trabalho cardíaco e da respiração, com consequente perda da consciência. O que se observa na maioria desses casos é que o evento não acontece por acaso, ele é o resultado da evolução de doenças de base.
As doenças de base são condições crônicas como doenças coronarianas, HIV, diabetes, câncer, asma, obesidade e tantas outras que afetam todo o organismo, desencadeando diversos agravantes.
As complicações cardiovasculares foram responsáveis por mais de 362 mil óbitos no ano de 2016, de acordo com dados Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). O órgão também estima que, por dia, ocorram mais de 700 casos de paradas cardiorrespiratórios no Brasil.
Em muitos casos, as paradas cardiorrespiratórias acontecem em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI’s). Neste artigo, vamos abordar a questão e os motivos que levam ao acontecimento dela em dependências médicas.
Boa leitura!
O que é parada cardiorrespiratória
Para ser caracterizado como parada cardíaca ou cardiorrespiratória o evento deve apresentar os seguintes fatores:
- parada repentina dos batimentos cardíacos;
- parada repentina da respiração;
- ausência de pulso;
- inconsciência; e
- cianose (coloração azul das mucosas e da pele).
Durante a PCR os tecidos deixam de receber oxigênio e nutrientes, o que desqualifica seu funcionamento. É preciso que se reverta rapidamente a condição, do contrário alguns danos podem ser irreversíveis, sobretudo no cérebro.
É interessante ressaltar que a parada cardiorrespiratória não é um fenômeno aleatório e, na maioria das vezes,não é repentino. Com a progressão das doenças de base, a circulação e as funções respiratórias passam a se debilitar. Dessa forma, o organismo fica altamente vulnerável em casos de infecções.
O diagnóstico imediato da parada cardiorrespiratória é essencial para o socorro do enfermo.
Porque a parada cardiorrespiratória ocorre em UTI
A parada cardiorrespiratória, isoladamente, não é um fator de avaliação da qualidade do atendimento médico em ambientes de urgência e emergência, mas um indicador da gravidade da condição do indivíduo.
Por outro lado, na maioria das vezes, o tratamento adequado da PCR em UTI depende dos recursos disponíveis – humanos e tecnológicos (como por exemplo infraestrutura adequada) -, bem como da gestão desses recursos.
Assim, alguns fatores são essenciais para o sucesso do socorro:
- o tempo e a rapidez com que o atendimento é conduzido;
- a habilidade técnica e a supervisão adequada dos acontecimentos.
O trabalho em equipe e a experiência profissional dos médicos e enfermeiros envolvidos também são fatores a se considerar nesse cenário. Ocorre que, no Brasil, há um grande despreparo de jovens profissionais, aliado à falta de supervisão adequada.
Nas palavras do Coordenador do Centro de Treinamento em Emergências Cardiovasculares da SBC – Sergio Timerman – “Quando o paciente retorna de um quadro instável e não é tratado de forma conveniente, morre. De 100 pessoas que entram após serem ressuscitadas, menos de 10% sobrevivem pela falta de cuidados pós-parada cardíaca e os pacientes que apresentam parada no hospital não sobrevivem porque os times de profissionais muitas vezes, não estão preparados. É preciso que os hospitais treinem e instituam um time de resposta rápida”.
Infelizmente, a fala de Timerman é um retrato das condições e efeitos do sistema hospitalar nacional.
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