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Manual permite diagnóstico seguro pelo HIV
26 de agosto de 2015

Manual permite diagnóstico seguro pelo HIV

O ‘Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças’, aprovado pela Portaria Nº 29, de 17 de dezembro de 2013, apresenta cinco fluxogramas (veja link com bibliografia), que permitem o diagnóstico seguro da infecção em indivíduos de todas as idades e viabilizam a realização do diagnóstico em diferentes situações.

O Manual foi elaborado pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde (MS), com o intuito de ampliar as possibilidades de diagnóstico, além de orientar e subsidiar, especialmente, os profissionais de saúde na realização do diagnóstico da infecção do HIV. De acordo com o documento, fica definido que as amostras podem ser de soro, plasma, sangue total, sangue seco em papel filtro, fluido oral ou de outros fluidos que tenham eficácia diagnóstica cientificamente comprovada. Todas as amostras devem ser coletadas e testadas em conformidade com o que é preconizado pelo fabricante do conjunto diagnóstico a ser utilizado.

Conforme publicado, o documento orienta sobre as situações e locais nas quais há recomendação para a utilização de testes rápidos:

a) Rede de serviços de saúde sem infraestrutura laboratorial ou localizada em regiões de difícil acesso;

b) Programas do Ministério da Saúde, tais como Rede Cegonha, Programa de Saúde da Família, Consultório na Rua, Quero Fazer, dentre outros programas;

c) Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA e Unidade de Testagem Móvel;

d) Segmentos populacionais flutuantes;

e) Segmentos populacionais mais vulneráveis;

f) Parcerias de pessoas vivendo com HIV/aids;

g) Acidentes biológicos ocupacionais;

h) Gestantes no pré-natal e que não tenham sido testadas durante o pré-natal ou cuja idade gestacional não assegure o recebimento do resultado do teste antes do parto;

i) Parturientes e puérperas que não tenham sido testadas no pré-natal ou quando não é conhecido o resultado do teste no momento do parto;

j) Abortamento espontâneo, independentemente da idade gestacional;

k) Laboratórios que realizam pequenas rotinas (rotinas com até cinco amostras diárias para diagnóstico da infecção pelo HIV);

l) Pessoas em situação de violência sexual como prevenção das DST/aids;

m) Pacientes atendidos em pronto-socorros;

n) Outras situações especiais definidas pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais (DDAHV) para ações de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis e Síndrome da Imunodeficiência AdquiridaG.

Segundo o documento, testes rápidos são primariamente recomendados para testagens presenciais. Podem ser realizados com fluido oral, soro, plasma ou sangue total (o que permite o uso de amostras obtidas por punção digital). Os testes rápidos são simples de executar e podem ser utilizados fora do ambiente de laboratório por pessoal capacitado. Com o objetivo de ampliar o acesso ao diagnóstico do HIV no Brasil e habilitar o maior número de profissionais de saúde para realizar esses testes, o DDAHV oferece modelos de treinamento presencial ou à distância (Sistema TELELAB, disponível em www.telelab.aids.gov.br), que aborda vários aspectos relativos à qualidade, segurança e execução do TR.

Já o resultado falso positivo pode ocorrer quando houver interferentes no teste rápido como: Vacina contra influenza A H1N1, artrite reumatoide, doenças autoimunes (lupus eritematoso sistêmico, doenças do tecido conectivo e esclerodermia), colangite esclerosante primaria, terapia com interferon em pacientes hemodialisados, síndrome de Stevens-Johnson, anticorpo antimicrossomal, infecção viral aguda, aquisição passiva de anticorpos anti-HIV (de mãe para filho), tumores malignos, outras retroviroses e múltiplas transfusões de sangue.

O novo Manual sugere a finalização do diagnóstico com realização de teste de carga viral (Molecular) em casos de resultados divergentes entre TR e Imunoblot, entretanto isso é de um custo extremamente alto e demanda bastante tempo.

Imunoblot Rápido (ImmunoComb CombFirm)

ImmunoComb é um teste confirmatório do tipo Imunoblot que permite confirmar uma amostra inicialmente reativa para HIV. Com o teste de Imunoblot Rápido todas as estruturas do vírus são testadas, através da detecção de proteínas. O tempo de realização técnica é de duas horas e não há necessidade de automação. Sua correlação com Western Blot é considerada excelente e o kit em acordo com o Manual Técnico do MS apresenta alta especificidade. Desta forma, unidades hospitalares têm utilizado como prescrição médica:

Teste Rápido (Etapa de triagem): Exa HIV Teste Rápido, Sangue.

Quimioluminescência (Etapa de triagem): Exa Anticorpos AntiHIV 1 e 2, Sangue.

Imunoblot Rápido (Etapa de confirmação): Exa HIV, confirmatório, Imunoblot, Sangue.

Material: Sangue

Prazo para liberação do resultado: Em até 24 horas.

Bibliografia:

Portaria que aprova o Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças e dá outras providências.

Manual técnico para o diagnóstico da infecção pelo HIV

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