A insuficiência renal aguda (IRA), ou lesão renal aguda, é a perda abrupta da filtragem de líquidos, resíduos e sais pelos rins. A enfermidade é crescente entre os brasileiros e, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), o número de casos dobrou em somente dez anos.
Apenas no Brasil, a insuficiência renal afeta – em algum grau – cerca de 13 milhões de pessoas. Milhares dessas pessoas apresentam caso clínico grave. Nas palavras da nefrologista Carmen Tzanno Branco Martins, da SBN, “a doença já mata mais do que o câncer de mama”.
A lesão renal aguda é uma condição silenciosa. Segundo dados da Fundação Pró-Renal, 70% das mortes acontece antes do diagnóstico. Existe, ainda, uma predisposição nacional à doença, uma vez que milhões de pessoas estão no grupo de risco.
Neste artigo, vamos falar da propensão à lesão renal, apresentar algumas características do problema e os tratamentos preconizados pela comunidade médica.
A insuficiência renal aguda e o brasileiro
Obesidade, hipertensão, diabetes, idade avançada e histórico familiar. Estas são algumas das características ideais para uma eventual complicação no organismo, como a insuficiência renal aguda.
O brasileiro tem andado de mãos dadas com a obesidade, a hipertensão e adiabetes. Apenas a título de conhecimento, o Ministério da Saúde apontou que o índice de obesidade aumentou 67,8% nos últimos 13 anos.
O sobrepeso é a porta de entrada para diversas patologias e causa complicações na função renal. A IRA chega a afetar o equilíbrio químico do organismo, a pressão arterial e a produção de medula óssea e glóbulos vermelhos – essenciais para quem enfrenta enfermidades graves, como é o caso da maioria dos pacientes com lesão renal aguda.
O ditado “prevenir é melhor que remediar” é sempre verdadeiro mas, na prática, os hospitais estão cheios de pacientes necessitados de tratamentos emergenciais.
O diagnóstico da doença
A maioria dos diagnósticos de IRA acontece com o paciente em estado crítico. Para o tratamento adequado do problema, a triagem 360º é essencial e o primeiro passo é entender se o indivíduo tem os seguintes sintomas:
- Pressão ou dor no peito;
- Inchaço nos membros inferiores;
- Falta de ar ou fome;
- Produção de urina diminuída;
- Excesso de sono e fadiga; etc.
Uma vez identificados os sintomas e a possibilidade da doença, o paciente então será submetido a uma bateria de testes. A bateria de testes inclui: exames de sangue, de urina, de imagem, análise da produção de urina e biópsia.
Os principais tratamentos da Insuficiência Renal Aguda (IRA)
Pacientes com IRA nem sempre passam pela mesma terapia. Os tratamentos são indicados de acordo com as causas e essa heterogeneidade é um grandedesafio para a padronização de abordagens de tratamentos.
Por outro lado, há recomendações que cabem em muitos casos.
Diálise
A diálise é a maior aliada no tratamento do IRA. O processo de limpeza do sangue pode salvar portadores de pericardite ou com elevados níveis de potássio, por exemplo.
Medicação de controle
Os maiores perigos da insuficiência renal crônica são as consequências. Por isso, a insulina e o cálcio são receitados para evitar o acúmulo de potássio no sangue; os antibióticos para prevenir infecções; e os diuréticos para eliminar líquidos dos rins.
Dieta diferenciada
Por fim, o paciente deve evitar determinados alimentos e líquidos para reduzir a quantidade de toxinas nos rins. A orientação aqui é uma dieta pobre em potássio, sais e proteínas, e por outro lado abundante em carboidratos.
A insuficiência renal aguda ainda é um desafio nos Centros de Tratamento Intensivos. Este é um dos temas que abordamos no blog da Somiti. Continue nos acompanhando aqui, no Facebooke no Instagrampara seguir as principais atualizações no campo da medicina intensiva.