Artifício essencial para a infusão de soluções medicamentosas e fármacos através das veias, a Terapia Intravenosa (TI) é uma modalidade terapêutica de resposta rápida e conforto ao paciente, quando bem aplicada.
A TI é uma prática indispensável em quaisquer centros médicos, pode evitar complicações e tirar pacientes de quadros de dor e desconforto profundo.
Por outro lado, esta não é uma atividade banal. É necessário que o profissional responsável por seu planejamento e execução seja capacitado e entenda bem os fatores que podem comprometer o procedimento.
A Terapia Intravenosa envolve a escolha de prática, cateteres biocompatíveis, análise e seleção de veias – tudo isso pensando na forma mais eficaz de administrar os medicamentos, sem danos.
Possíveis complicações da Terapia Intravenosa
Segundo dados da Unicamp, “mais de 70% dos pacientes hospitalizados serão submetidos a algum tipo de terapia intravenosa.”. De fato, a TI está no coração de toda prática hospitalar, inclusive nos Centros de Terapia Intensiva, e, como todo procedimento, está sujeita à riscos.
Existem 3 tipos principais de complicações visíveis em TI.
Infiltração
A infiltração não é um processo natural da Terapia Endovenosa. Ela ocorre quando o fluido infiltra o tecido subcutâneo, devido a administração acidental em tecidos adjacentes.
Quando a infiltração acontece, o paciente pode ter inchaço no local de aplicação.
Extravasamento
O extravasamento pode ser observado tanto quando a administração é feita em dispositivos centrais ou periféricos, infiltrando o fluido vesicante. Ele causa lesões e sangramento.
O extravasamento é uma complicação severa e aguda que causa muita dor e desconforto. O resultado visível do extravasamento são hematomas.
Flebite
Por fim, a flebite, ou tromboflebite (combinação de flebite com a formação de trombos), mais comum das complicações, é caracterizada pela irritação infecciosa, mecânica ou química oriunda de inflamação.
A flebite é o resultado da má administração de equipamentos, fármacos ou a falta de antissepsia (processo de higienização).
Esses efeitos são potencialmente graves e na maioria das vezes evitáveis. Assim, tendo em vista consequências decorrentes da má administração dos procedimentos intravenosos, é essencial que se observe rigorosamente as melhores práticas em TI.
As melhores práticas em Terapia Intravenosa
Há diversos tópicos relacionados às melhores práticas em TI. Em primeiro lugar, podemos citar a antissepsia ou correta higienização das mãos, pele e equipamentos.
O preparo da pele, um grande desafio, também é definitivo para que se evitem efeitos adversos. Sabe-se que crianças com menos de 1 ano e idosos com mais de 60 anos são verdadeiros desafios na TI, devido à constituição delicada de suas peles.
A seleção, inserção e estabilização do Cateter Vascular Periférico (CVP), assim como a proteção do cateter e da pele e o cuidados com o sítio de inserção, não devem passar despercebidos. Trata-se de um momento delicado que exige muita atenção.
Infelizmente, contudo, a falta de supervisão experiente em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI’s) é uma realidade que, aliada ao despreparo do profissional, resulta em complicações.
Tendo em vista a necessidade de especialização e aprofundamento técnico de habilidades e conhecimentos para as melhores práticas em Terapia Intravenosa eemergências, a Sociedade Mineira de Terapia Intensiva (SOMITI), oferece o curso de imersão Qualificação em Inserção e Manutenção de PICC neonatal, pediátrico e adulto (PICC).
Os objetivos do curso são capacitar e habilitar enfermeiros, médicos e acadêmicos de enfermagem e medicina a realizar inserção e manutenção do cateter central de punção periférica PICC por visualização direta nos diversos contextos de cuidado do paciente neonatal, pediátrico e adulto. Faça sua inscrição.
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