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8 fatos sobre a síndrome coronariana aguda com supra de ST
22 de abril de 2019

Em continuidade ao módulo do dia 9 de abril, que abordou a síndrome coronariana sem supra de ST, o médico Jailton Neves apresentou aos alunos do Curso para Residentes e Especializandos em Medicina Intensiva (Cremi), do dia 16 de abril, o tema “Síndrome coronariana aguda com supra de ST”.

“As discussões sobre Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) são de suma importância, uma vez que a maioria dos óbitos decorrentes acontecem nas primeiras horas em que a doença se manifesta. De 40 a 65% dos óbitos ocorrem na primeira hora e cerca de 80% nas primeiras 24 horas. Parte significativa das mortes por IAM acontecem fora do ambiente hospitalar e sem assistência médica”, alertou o especialista.

Abaixo, conheça 8 fatos relevantes sobre a síndrome coronariana aguda com supra de ST:

 

  1. As síndromes coronarianas aguda podem ser classificadas em três. São elas: IAM com supra e desnivelamento do segmento ST, IAM sem supra e desnivelamento do segmento ST e angina instável.
  2. O eletrocardiograma deve ser registrado de forma seriada.A ocorrência do IAM com supra assume formas diferentes ao longo do tempo. Nos primeiros minutos, há a aparição de ondas T hiperagudas. Em 30 minutos, há um supradesnível do ponto J e do segmento ST. Em 6 horas, há o surgimento da onda Q. Em 24 horas, há a inversão da onda T. A regressão do supra com desnível do segmento ST, por sua vez, é variável e depende do caminho da artéria. Quanto mais longo ele for, mais tempo demora.
  3. É possível identificar infarto por meio de escores.Em uma escala de 1 a 5, é possível identificar a ocorrência de infarto. Quando o escore total for igual ou acima de 3 pontos, situação na qual há depressão do segmento ST, maior ou igual a 1mm nas derivações V1, V2 e V3, é bem provável que houve infarto. Quando o escore é de 5 pontos, há elevação do segmento ST maior ou igual a 1mm e concordante com o complexo QRS. Quando a pontuação é igual a 2, há elevação do segmento ST maior ou igual a 5mm e discordante do complexo QRS. Casos assim, com escore total abaixo de 3, também pode indicar infarto.
  4. Principal sintoma do IAM. A dor torácica é um sintoma clássico de IAM, percebida como opressão ou queimação. Pode se localizar no precórdio, dorso, ombros e mandíbula e se irradiar para ombro, dorso, braço esquerdo e pescoço.
  5. Sintomas associados ao IAM. São eles: sudorese, palidez, náuseas, vômitos, taquipnéia/dispnéia, ansiedade, tonteiras, palpitações/taquicardia e cansaço.
  6. Classificação de Killip e Kimball. Também conhecido como índice de gravidade de insuficiência cardíaca em pacientes com IAM, possui o objetivo de calcular o risco de mortalidade hospitalar em quatro classificações: I) normal, com taxa de 8% de mortalidade; II) ESC bases (#B3), com 30% de mortalidade; IIi) ESC acima de 50% ou EAP (Edema Pulmonar Agudo), com 44% de mortalidade e IV) Choque cardiogênico, com 80% de mortalidade.
  7. Diagnóstico diferencial. É classificado quanto à dor: pericardite aguda, dor pleurítica, embolia pulmonar, dissecção aguda da aorta, articulações costocondrais e condroesternais e espasmo esofageano.
  8. Aspirina. É uma grande aliada dos pacientes com IAM. Por ser antiplaquetária, possui benefício comprovado quanto à utilização no tratamento de infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST. Além disso, possui efeito aditivo ao fibrinolítico. Em fase de manutenção da saúde do paciente, recomenda-se uma dose de 100 mg de aspirina por dia.

 

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