Segundo o intensivista e coordenador do evento SEPSE-3: NOVAS DEFINIÇÕES E IMPLICAÇÕES’, em Minas Gerais, Saulo Saturnino, a sepse é a principal causa de mortalidade em UTIs gerais e permeia a prática não somente de médicos intensivistas, mas de todas as especialidades que prestam cuidados ao paciente com ou sob risco de infecção. Dada a relevância do tema, médicos e demais profissionais de saúde se reuniram, dia 8 de agosto, no Centro de Inovação Unimed BH, para debater sobre o tema.
Antes da conferência transmitida de São Paulo, com a a participação do professor britânico e autor do estudo, Mervyn Singer, os médicos cooperados da Unimed BH Achillis Rolfhs Barbosa e Maria Aparecida Braga, também gestora de qualidade da Somiti, apresentaram o protocolo desenvolvido pelos serviços próprios da cooperativa. Para Barbosa, a criação do documento propicia uma integração entre os serviços e sua aplicabilidade deverá gerar benefícios na qualidade do cuidado prestado ao paciente e economia aos serviços de saúde.
Singer ponderou que o estudo ‘Sepse 3’ representa um progresso sobre o tema, que ainda está em evolução. “É preciso conhecer a real incidência da sepse e entender que ela quer dizer coisas diferentes para pessoas diferentes. Tivemos um aumento de 300 mil para 700 mil casos nos últimos sete anos.”
Saturnino acrescenta que a sepse pode ser atualmente definida como uma síndrome composta de disfunções orgânicas produzidas por uma resposta inadequada do organismo à uma infecção. Estas disfunções podem ser quantificadas por escores clínicos ou clínico-laboratoriais que se relacionam com a mortalidade. “As definições mais precisas desta síndrome são reconhecidas como uma necessidade e trazem, dado ao impacto de uma mudança desta magnitude para a prática médica, preocupações e dúvidas relacionadas à implementação destes novos conceitos.”
Os coordenadores do evento da AMIB em MG: Saulo Saturnino e Marcus Vinícius Melo de Andrade