Geral
Quiz #77: Emergências na terapia intensiva
16 de maio de 2019



Pronto para mais um quiz Somiti? Hoje vamos falar de Emergências.

O quiz é oportunidade de testar seus conhecimentos sobre temas importantes do dia a dia do atendimento na urgência, emergência, pré-hospitalar e terapia intensiva.

Para aprofundar seus estudos, não deixe de consultar as referências bibliográficas.

Vamos lá?



Quiz #77: Emergências
Quiz #77: Emergências



Pra falar de Emergências, convidamos Dra Maria Aparecida Braga.

Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora em 1982, especializou-se em Clínica Médica, Cardiologia, Medicina Intensiva, Medicina de Emergência, Nutrologia e Gestão em saúde. É Doutora em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, Master in Business Administration em Gestão de Saúde e Master in Business Administration em Gestão de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas.

Questão

Paciente S.B.T, 62 anos, hipertensa e diabética, levada pela filha ao PA. A filha relatou que a mãe iniciou com dificuldade para articular palavras seguido por rebaixamento do sensório há 1 hora.

Ao exame paciente apresentava-se inconsciente, com bom padrão ventilatório, com saturação de 95% recebendo oxigênio por máscara facial 4 litros/ minuto, pressão arterial 220/110mmHg, frequência cardíaca de 88 bpm, hemiparética à direita.

De acordo com o quadro clínico e TCC há indicação de tentativa de recanalização da artéria.

Pergunta-se: qual a sequência adequada a ser seguida?

a) Encaminhar para Trombectomia pois terá maior chance de recanalização;

b) Reduzir PA < 185/110, confirmadas ausências de outras contra-indicações de trombólise, iniciar rTPA IV, acionar hemodinâmica para trombectomia;

c) Solicitar angiografia para confirmar oclusão arterial;

d) Contra-indicar recanalização devido ao alto risco de sangramento determinado pelo NIHSS alto e pelo nível pressórico muito alto à admissão;

e) Aguardar resultado do coagulograma para definir conduta.

Comentário

O único tratamento com nível de Evidência Ia é a trombólise com ativador do plasminogênio tecidual recombinante (rtPA) endovenoso (EV). A janela terapêutica recomendada atualmente é 4,5 horas para medicação endovenosa, contadas a partir do início dos sintomas. Nos casos em que a vítima acordou ou foi encontrada sozinha com déficit, o tempo zero é considerado o último momento em que a vítima não apresentou déficit.

Caso a pressão arterial encontre-se muito elevada, a mesma deve ser previamente controlada para níveis inferiores a 185/110mmHg, de forma criteriosa cuidando para evitar redução inadvertida na pressão de perfusão cerebral.

Os critérios de inclusão para trombectomia após trombólise com rt-pa são: NIHSS maior ou igual a 6; ASPECTS maior ou igual a 6; paciente com idade superior a 18 anos; AVC com instalação em até 4,5 horas submetido a trombólise venosa com rt-PA; oclusão em carótida interna ou em ramo M1 da ACM; tempo para punção arterial em até 6 horas e índice de Rankin (mRS) prévio < 2.

Resposta certa

Letra B –  Reduzir PA < 185/110, confirmadas ausências de outras contra-indicações de trombólise, iniciar rTPA IV, acionar hemodinâmica para trombectomia.

Referência:

Cursos Emergências Clínicas e Traumáticas para Equipes (ECTE) e Terapêuticas Farmacológica na Emergância (TEFE).

O Curso de imersão teórico-prático de Emergências Clínicas e Traumáticas para Equipes (ECTE) tem com o objetivo principal em oferecer um programa educacional de imersão para equipe (médicos, enfermeiros, acadêmicos e técnicos de enfermagem), capacitando-os para atuar de forma eficaz no atendimento de urgências e emergências clínicas e traumáticas, tanto no pré-hospitalar, como em unidades de urgência, emergência e terapia intensiva.

O curso TEFE foi desenvolvido para propiciar aos profissionais de saúde as bases farmacológicas das medicações utilizadas na emergência, objetivando o seu uso seguro e reduzindo os erros relacionados. Curso teórico-prático com estudos de casos através de simulações realísticas.



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