Dia 13 de setembro é o Dia Mundial da Sepse. A data foi criada para alertar profissionais de saúde e população sobre o problema. O Instituto Latino Americano de Sepse (Ilas), com apoio de diversas entidades como a Associação Brasileira de Medicina Intensiva (AMIB), Sociedade Mineira de Terapia Intensiva (Somiti) e a Associação Médica Brasileira (AMB), disponibiliza, todo ano, material educativo sobre o tema.
Dentre as informações estão alguns dados sobre a doença:
“A sepse hoje é a principal responsável por óbitos dentro de nossos hospitais. Somente em adultos, estima-se cerca de 670 mil casos por ano, dos quais 240 mil falecem. A sepse é também uma causa importante de morte em crianças e neonatos. Ao contrário do que se pensa, sepse não é um problema só para pacientes já internados em hospitais. Grande parte dos casos são pacientes atendidos nos serviços de urgência e emergência.”
Quais as causas da sepse?
Os dados do Ilas mostram que a letalidade de pacientes em unidades de terapia intensiva de adultos brasileiras é de 55%. As razões para essa letalidade elevada são múltiplas e não se limitam aos pacientes adultos, incluindo também a população pediátrica e neonatal.
- condições básicas de saúde da população inadequadas
- dificuldade de acesso ao sistema de saúde
- falta de infraestrutura na rede hospitalar, principalmente nos setores de urgência
- dificuldade de acesso a leitos de terapia intensiva
- número inadequado e despreparo de profissionais para atendimento
- desconhecimento entre profissionais de saúde e leigos
- tratamento inadequado
- o atraso na procura de auxílio é um entrave a ser vencido. Uma pesquisa do Ilas mostrou que somente 14% dos entrevistados já tinham ouvido falar sobre sepse.
Quais os sinais de alerta:
- alteração da consciência
- dispneia
- hipotensão
- oligúria
Atuação profissional
Reconhecimento precoce é a chave para o tratamento adequado. Todas as instituições devem treinar suas equipes, com foco na enfermagem, para reconhecer os primeiros sinais de gravidade, principalmente nos serviços de urgência. O tratamento adequado nas primeiras horas tem clara implicação no prognóstico. Medidas simples, como coleta de lactato, culturas, antimicrobianos e ressuscitação hemodinâmica podem salvar vidas.
Como agir diante da sepse?
• Conhecendo melhor a doença e suas consequências por meio de estudos clínicos e epidemiológicos.
• Fazendo campanhas de prevenção tanto para sepse comunitária como sepse adquirida no ambiente hospitalar.
• Implementando programas de melhoria de qualidade assistencial, visando otimizar a detecção precoce e o tratamento adequado em pacientes adultos, pediátricos e neonatais, com seguimento ps-alta adequada.
• Divulgando entre profissionais de saúde e leigos seu impacto social.
• Promovendo ações políticas visando aumentar a atenção das instâncias governamentais para a gravidade do problema.
Fonte: Ilas