O Coronavírus (CoV) é conhecido desde os anos 1960. As infecções podem se manifestar desde formas mais brandas, como um resfriado comum até síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave (SARS) e a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS).
O novo coronavírus (HCoV) foi identificado após a notificação de casos de pneumonia de causa desconhecida no final de 2019 na cidade chinesa de Wuhan, capital da província de Hubei. Centenas de casos foram detectados inicialmente na China, mas agora também em vários outros países. No Brasil já foram confirmados dois casos de infecção e 433 casos suspeitos continuam em investigação.
Ocorre transmissão entre animais e humanos e de pessoa a pessoa pelo ar (secreções aéreas do paciente infectado) ou por contato pessoal com secreções contaminadas, porém na maioria das vezes a transmissão se dá por contato próximo, ou seja, qualquer pessoa que cuidou do paciente, incluindo profissionais de saúde ou membro da família; que tenha tido contato físico com o paciente; tenha permanecido no mesmo local que o paciente doente. Não se conhece o período de incubação, mas parece ser entre 2 dias e 2 semanas.
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O coronavírus pode permanecer sobre superfícies constituídas por metal, vidro ou plástico por mais de 9 dias. A desinfecção com etanol 70%, peróxido e hidrogênio 0,5% ou hipoclorito de sódio 0,1% pode inativá-lo.
Formas de prevenção
Considerando que até o momento não temos tratamento efetivo disponível, a contenção precoce e a prevenção de propagação adicional são ações fundamentais:
- Evitar contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas;
- Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente e antes de se alimentar;
- Usar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir;
- Evitar tocar nas mucosas dos olhos;
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Higienizar superfícies;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes.
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Sobre a autora:
Maria Aparecida Braga é graduada em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora em 1982, especializou-se em Clínica Médica, Cardiologia, Medicina Intensiva, Medicina de Emergência, Nutrologia e Gestão em saúde. É Doutora em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais, Master in Business Administration em Gestão de Saúde e Master in Business Administration em Gestão de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas. Maria Aparecida também é Coordenadora de Cursos da American Heart Association para Sociedade Mineira de Terapia Intensiva.
Referência:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0195670120300463