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Arritmias cardíacas são abordadas no Cremi
21 de março de 2019

Os alunos do Curso para Residentes e Especializandos em Medicina Intensiva (Cremi) conferiram, no dia 19 de março, o módulo ‘Reconhecimento das arritmias ameaçadoras da vida’, ministrado pelo cardiologista e diretor do curso Advanced Cardiovascular Life Support (ACLS) da Somiti, Daniel Azevedo.

Durante o módulo, Azevedo expôs no telão do teatro Oromar Moreira, na Associação Médica de Minas Gerais, exemplos de oscilações captadas em exames de eletrocardiograma e, assim, ilustrou de forma didática para os alunos os diversos casos de arritmias cardíacas. Por sua vez, os alunos puderam fazer perguntas e esclarecer dúvidas durante o módulo.

Conforme foi apresentado durante a aula, ao analisar o eletrocardiograma, o profissional de saúde precisa identificar os seguintes itens desse exame: pressão inicial; se o QRS é estreito ou alargado; se a frequência cardíaca é normal ou não e se o ritmo do paciente é regular ou irregular, sendo este último um item fundamental.

A distância de um QRS ao outro é reveladora. “Se a distância é sempre a mesma, o profissional de saúde está diante de um caso de ritmo regular. Quando essa distância oscila, o ritmo é irregular”, explica. A partir dessa medida é possível analisar a onda P que, por sua vez, conduz ao QRS em vários casos.

Dentre os problemas cardíacos apresentados durante o módulo, o cardiologista destacou uma peculiaridade: a taquicardia sinusal não é propriamente uma arritmia, e sim uma resposta fisiológica a um problema clínico vivido pelo paciente. Portanto, nesses casos, deve-se tratar a causa da taquicardia. “Paciente com choque séptico deve receber antibiótico e paciente que sente dores deve ingerir analgésico”, exemplifica. Outras situações cotidianas que geram tensão, como semana de provas, também causam taquicardia sinusal e desaparecem em seguida.

Por sua vez, pacientes com braquicardia sinusal costumam responder bem a atropina: nesses casos, a dose indicada é de no máximo 3mg, devendo ser repetida em um intervalo de 3 a 5 minutos. É importante destacar que a bradicardia sinusal é preocupante quando o paciente apresenta:

  • hipotensão,
  • dor torácica,
  • confusão mental e
  • outros sintomas.

Quando o paciente com braquicardia sinusal é assintomático e apresenta quadro estável, não é necessário encaminhá-lo ao atendimento emergencial, a não ser que o quadro evolua. O cardiologista ainda aproveitou para fazer alerta. “Não faz sentido dar choque no peito de um paciente com taquicardia sinusal”, disse.

Em casos de suspeita clínica de síndrome coronária aguda, o eletroimpresso é mandatório para a análise transparente de todas as derivações.

No final do módulo, os estudantes tiveram a oportunidade de colocar o conhecimento apresentado em prática. O cardiologista orientou o manuseio do boneco e a simulação em equipamentos utilizados em Terapia Intensiva para atender pacientes com problemas cardíacos, ou seja, uma amostra do que é apresentado no curso ACLS, ministrado pela Somiti.

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