Estudos
Acidente vascular encefálico: causas e tratamento
2 de março de 2020

Acidente vascular encefálico (AVE) – também conhecido como acidente vascular cerebral (AVC), ou ainda derrame cerebral – é uma doença frequente e muito grave. Existem dois tipos de AVE: o isquêmico e o hemorrágico.

Segundo aAgência Brasil, foram atribuídos mais de 100.000 óbitos à doença em 2015, sendo que desses 4.592 mortes foram de indivíduos abaixo dos 45 anos. A maior parte dos acometidos pela doença são os homens. Curiosamente, em 90% dos casos o problema poderia ter sido evitado.

O AVE isquêmico acontece quando há obstrução arterial por embolia ou trombose, ou seja, a suspensão do fluxo sanguíneo em algum local do cérebro. O evento leva à morte das células, pois impossibilita a chegada de oxigênio à elas. Esse tipo de AVC é o mais frequente e constitui 85% da incidência.

O AVC hemorrágico, por outro lado, se manifesta devido à ruptura do encéfalo, o que leva ahemorragia. O AVC hemorrágico acontece em 15% dos casos e pode ocorrer na camada entre o cérebro e a meninge, ou dentro do próprio tecido cerebral.

Sem o diagnóstico e a reversão do quadro, em poucos minutos, pode haver danos irreparáveis no tecido cerebral.

acidente vascular encefálico

Fatores de risco e causas que levam ao acidente vascular encefálico

Existe um grupo de risco para o derrame cerebral. Ele é composto por indivíduos do sexo masculino, que tenham idade avançada, histórico familiar da doença, sedentários, obesos, com colesterol alto, hipertensos e diabéticos do tipo 2. Também podem favorecer a ocorrência de AVC o uso excessivo de álcool, drogas ilícitas e o tabagismo.

As causas se dividem de acordo com o tipo de AVC.

AVC isquêmico

É subdividido em quatro subgrupos:

  • Cardioembólico: tem relação de causa com problemas no coração.
  • Aterotrombótico: tem relação de causa com a aterosclerose, ou criação de placas nos vasos sanguíneos.
  • Criptogênico: sem causa identificada.
  • Outra etiologia: pode ter relação com problemas sanguíneos.

AVC hemorrágico

O principal fator para o AVC hemorrágico é o descontrole da pressão alta. Além dela, o derrame pode se dar por: 

  • Arritmias cardíacas, defeitos cardíacos congênitos ou problemas nas válvulas cardíacas.
  • Infarto agudo ouinsuficiência cardíaca.
  • Distúrbios sanguíneos, como a Hemofilia.
  • Inflamação dos vasos sanguíneos (Vasculite).
  • Tratamentos do Câncer por radiação feitos no cérebro ou pescoço.
  • Ferimentos no pescoço ou na cabeça.

Medidas em UTI para tratamento do AVE

O primeiro passo para a contenção de danos é a identificação do Acidente Vascular Encefálico. Portanto, quanto mais rápido o diagnóstico melhor.
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Os socorristas costumam fazer essa primeira triagem em que se observa os níveis de glicemia e sinais vitais. O segundo passo é conter o corpo, colocando-o deitado e aplicando o acesso venoso no braço que não sofreu paralisia e, se preciso, administrar o oxigênio. Também é importante documentar os acontecimentos, sobretudo o horário em que os sintomas foram identificados.

Nos Centros de Atendimento de Urgência é seguido o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). De acordo com oHospital Sírio Libanês, as medidas terapêuticas, (em linhas gerais), são:

  • Contínuo monitoramento multiparamétrico nas primeiras 24 horas.
  • Contínuo monitoramento do nível glicêmico capilar.
  • Manter o indivíduo em decúbito elevado a 30º e com a temperatura corporal <38°C.
  • Preservar a saturação de oxigênio em 95% do modo pouco invasivo.
  • Proteger as vias aéreas com intubação orotraqueal (IOT).
  • Tratar a glicemia <60 mg /dl com infusão intravenosa de solução glicosada.
  • Tratar a hipovolemia e a hipotensão.
  • Preservar o paciente em jejum até os resultados diagnósticos definitivos.

Os primeiros minutos são cruciais para aumentar a sobrevida e diminuir lesões em indivíduos acometidos por Acidente Vascular Encefálico,até que se tomem as medidas de contenção em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI’s).

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