Acidente vascular encefálico (AVE) – também conhecido como acidente vascular cerebral (AVC), ou ainda derrame cerebral – é uma doença frequente e muito grave. Existem dois tipos de AVE: o isquêmico e o hemorrágico.
Segundo aAgência Brasil, foram atribuídos mais de 100.000 óbitos à doença em 2015, sendo que desses 4.592 mortes foram de indivíduos abaixo dos 45 anos. A maior parte dos acometidos pela doença são os homens. Curiosamente, em 90% dos casos o problema poderia ter sido evitado.
O AVE isquêmico acontece quando há obstrução arterial por embolia ou trombose, ou seja, a suspensão do fluxo sanguíneo em algum local do cérebro. O evento leva à morte das células, pois impossibilita a chegada de oxigênio à elas. Esse tipo de AVC é o mais frequente e constitui 85% da incidência.
O AVC hemorrágico, por outro lado, se manifesta devido à ruptura do encéfalo, o que leva ahemorragia. O AVC hemorrágico acontece em 15% dos casos e pode ocorrer na camada entre o cérebro e a meninge, ou dentro do próprio tecido cerebral.
Sem o diagnóstico e a reversão do quadro, em poucos minutos, pode haver danos irreparáveis no tecido cerebral.
Fatores de risco e causas que levam ao acidente vascular encefálico
Existe um grupo de risco para o derrame cerebral. Ele é composto por indivíduos do sexo masculino, que tenham idade avançada, histórico familiar da doença, sedentários, obesos, com colesterol alto, hipertensos e diabéticos do tipo 2. Também podem favorecer a ocorrência de AVC o uso excessivo de álcool, drogas ilícitas e o tabagismo.
As causas se dividem de acordo com o tipo de AVC.
AVC isquêmico
É subdividido em quatro subgrupos:
- Cardioembólico: tem relação de causa com problemas no coração.
- Aterotrombótico: tem relação de causa com a aterosclerose, ou criação de placas nos vasos sanguíneos.
- Criptogênico: sem causa identificada.
- Outra etiologia: pode ter relação com problemas sanguíneos.
AVC hemorrágico
O principal fator para o AVC hemorrágico é o descontrole da pressão alta. Além dela, o derrame pode se dar por:
- Arritmias cardíacas, defeitos cardíacos congênitos ou problemas nas válvulas cardíacas.
- Infarto agudo ouinsuficiência cardíaca.
- Distúrbios sanguíneos, como a Hemofilia.
- Inflamação dos vasos sanguíneos (Vasculite).
- Tratamentos do Câncer por radiação feitos no cérebro ou pescoço.
- Ferimentos no pescoço ou na cabeça.
Medidas em UTI para tratamento do AVE
O primeiro passo para a contenção de danos é a identificação do Acidente Vascular Encefálico. Portanto, quanto mais rápido o diagnóstico melhor.
O
Os socorristas costumam fazer essa primeira triagem em que se observa os níveis de glicemia e sinais vitais. O segundo passo é conter o corpo, colocando-o deitado e aplicando o acesso venoso no braço que não sofreu paralisia e, se preciso, administrar o oxigênio. Também é importante documentar os acontecimentos, sobretudo o horário em que os sintomas foram identificados.
Nos Centros de Atendimento de Urgência é seguido o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). De acordo com oHospital Sírio Libanês, as medidas terapêuticas, (em linhas gerais), são:
- Contínuo monitoramento multiparamétrico nas primeiras 24 horas.
- Contínuo monitoramento do nível glicêmico capilar.
- Manter o indivíduo em decúbito elevado a 30º e com a temperatura corporal <38°C.
- Preservar a saturação de oxigênio em 95% do modo pouco invasivo.
- Proteger as vias aéreas com intubação orotraqueal (IOT).
- Tratar a glicemia <60 mg /dl com infusão intravenosa de solução glicosada.
- Tratar a hipovolemia e a hipotensão.
- Preservar o paciente em jejum até os resultados diagnósticos definitivos.
Os primeiros minutos são cruciais para aumentar a sobrevida e diminuir lesões em indivíduos acometidos por Acidente Vascular Encefálico,até que se tomem as medidas de contenção em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI’s).
Se você deseja ter acesso constante a conteúdos como este, acompanhe o blogSomitie redes sociais –Facebook,Linkedin eInstagram. Inscreva-se também noYouTube da Somiti.